9.13.2006

Ventos de S. Roque # 19 - Competência Vs Dependência


Eu abstive-me de comentar imediatamente as incidências que se verificaram no jogo, porque, normalmente, vejo as coisas com demasiada emotividade e poderia fazer uma análise incorrecta.

O desempenho da equipa de arbitragem foi excelente na primeira metade do encontro, repito excelente. Depois do intervalo foi exibido um cartão amarelo despropositado e no mínimo num acto de prepotência do senhor árbitro.

Após o primeiro golo do União de Leiria, o desempenho da equipa de arbitragem foi, no mínimo, arbitrário.

Como é possível esta equipa de arbitragem demonstrar competência até uma determinada fase do jogo e de seguida cometer erros sempre em prejuízo da mesma equipa?

A direcção do Beira-Mar já reagiu, e bem. Acho que poderia ir mais longe, participando à comissão disciplinar da liga o comportamento da equipa de arbitragem, requerendo um inquérito ao seu desempenho. Assim o senhor João Vilas Boas não ia uma semana para a jarra mas iria o tempo necessário ao inquérito. Provavelmente, esta seria uma das medidas, que rapidamente se implementaria e obrigaria no mínimo a saberem que, como em qualquer outra profissão, têm que justificar os erros.

Bem sei que isto tem consequências e não é assim tão fácil: o corporativismo na arbitragem é terrível.

Acresce ainda que na arbitragem existe o sentimento que o erro muitas vezes não penaliza mas antes compensa.

Se o árbitro revelou competência, como justifica depois arbitrariedades evidentes? Especulando um pouco diria que recebeu um telefonema ao intervalo e quando sentiu que era possível, inconscientemente apitava sob a dependência.

A. Roque

4 comentários:

Anónimo disse...

Sô Engenheiro anda a ver fantasmas! No seu tempo como é que era? Há grande Major amigo do Filipe...

Anónimo disse...

As noticias de hoje confirmam processos do apito dourado prá jarra.
Mario

PSousa disse...

Retirado da edição impressa do Publico de hoje:

António Henriques (Vogal do Conselho de Arbitragem): "Consegue dar-me essa graça, eu responsabilizo-me pela outra. O Marítimo tem de ganhar (...) e o seu filho (...) esteja descansado."

Martim dos Santos: "Você já me conhece, tudo ao meu alcance. Independentemente de tudo, mesmo que o senhor não me dissesse nada. (...) Mas eu agradeço, porque ele, ele vai precisar."

A conversa aconteceu antes do jogo Marítimo-Nacional, arbitrado por Martim dos Santos. A conversa sobre o filho seria a promessa de promoção a árbitro de categoria. Na véspera do jogo, António Henriques falou com um amigo a quem disse que estava a "trabalhar" para o Marítimo. "O Nacional vai ser bem roubadinho, vai ser escandaloso", ironizou.

(O nome do árbitro indicado, Martim dos Santos, será uma gralha do Publico. Penso que se referem a Martins dos Santos).

Como diz o pai do Presidente do Boavista a propósito das escutas, "Isso é tudo conversa!"
Chega...

Anónimo disse...

Concordo plenamente.
Deveriam e poderiam ter ido mais longe.. Mas não se pode desistir de lutar e reivindicar pela justiça e clareza dos resultados desportivos. Basta ver que na ramificação também se encontram os observadores dos jogos. Uma teia mafiosa completa! Se os resultados não agradarem a alguém são despromovidos ou então foi pelo observador e companhia Lda terem apostado na Bwin.com uns valentes milhares de euros no empate.