A eleição dos novos dirigentes da LPFP foi a única saída para legitimação dos seus órgãos (ver o post de 29/06/06 sobre o caso Mateus).
Se nos clubes é difícil mobilizar os seus sócios para o dirigismo, para estes cargos aparecem de imediato resmas. É um facto e ainda bem, temos o futuro do dirigismo ao mais alto nível assegurado.
Conheço os objectivos da instituição e o seu funcionamento. Acho piada a alguns pseudo doutorados em futebol, discutirem o funcionamento da LPFP nos media de referência, revelando total ignorância.
É tempo de altera quer os objectivos, quer a orgânica. Isto implica alteração de estatutos. No que se refere aos objectivos a LPFP, tem que deixar de executar tarefas que colidam com interesses clubistas, com por exemplo, arbitragem e disciplina, dinamizando o marketing. A LPFP tem que se libertar dos assuntos que geram conflituosidade e desenvolver muito mais o espectáculo.
Quanto à orgânica, ela está muito pensada para um presidente oriundo de um clube com características mais de representação, do que propriamente características executivas. A existência de uma comissão executiva expressa isso mesmo. Os actuais estatutos permitem a diluição de responsabilidades entre o presidente e o director executivo, gerando inclusivamente conflitos graves.
Entendo, que seria mais adequado estabelecer um período de transição, embora com dirigentes legitimados para esse mandato específico e de forma a rever os estatutos, adaptando-os inclusivamente à nova Lei de Bases.
O G18 tinha já um notável trabalho nesta área, e que só não foi possível implementar porque os presidentes dos chamados grandes se desentenderam por motivos colaterais. Sublinho o trabalho do Dr. Dias da Cunha que previa a extinção da comissão executiva, um presidente da direcção profissional e três CEO nas áreas Administrativa/Financeira, Logística (organização de jogos) e Marketing/Media. Pessoalmente, concordo em geral, mas entendo, que deviam, também ser reforçadas as responsabilidades executivas da Direcção.
Vi ontem o meu caro amigo Hermínio Loureiro, disponibilizar-se para liderar a direcção. Conhece o desporto português e o futebol em particular, tem por isso condições para ser um bom líder, surpreendeu-me por se referir à arbitragem e à redução de custos. A arbitragem não deve ser assunto da LPFP e quanto às questões financeiras, preferia que tivesse falado em aumento de receitas, já que a redução de custos essa compete aos clubes. Quanto ao essencial, organização, nada disse.
Em conclusão, direi que há cerca de cinco anos tudo se manteve.
Perdeu-se uma oportunidade. Agora que existe nova oportunidade de mudança, está-se a pôr a carroça à frente dos bois.
A Roque
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4 comentários:
E com estes politiqueiros vai o nosso futebol que não têm onde cair mortos.
Será que os agora 32 Clubes aceitam astas resmas?
Então,não são capazes de Dirigirem o que é deles?
Se assim for, vai de mal a pior.
Depois não se queixem!...
Quem são os bois???
Os politicos não tem capacidade para dirigir o futebol. Herminios e Calhas nem na politica fizeram nada e já chegaram a secretários de estado e como para eles foi o top, viram-se agora para o futebol.
Não aceitariam o lugar se fosse graciosamente, mas como pevêem bons «tachos» eis que começa a corrida.Enfim, este é o País que temos,só nos resta aceitar esta mediocridade.
Os 32 Presidentes do futebol profissional vão-se dividir nos que tem a ganhar com o sistema instalado e nos carneiros que vão tentar receber uns favores deles e são seus fieis seguidores.
Pobre futebol,que vai continuar a perder a crebilidade até á agonisação completa.
Venham depressa os italianos a governar o nosso futebol, apesar de terem a Máfia ao longo dos anos têm nos dado lições nesta matéria.
O futebol aos amantes destes e não aos politicos.
Politicos profissionais, arbitros profissionais, arrumadores de carros profissionais, bamdeirinhas profissionais, pedintes profissionais...é muito pouco para um candidato.
João Maia
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