7.13.2005

As Rajadas do Mano # 1 - O Gestor do Croquete

Nos anos 60, nasceu entre as Areias do Pilar e as areias do mar, o menino que se tornou num subproduto tão em voga nos dias de hoje. Saltitou entre o local de nascimento e Espanha o que lhe valeu uns valentes sustos com os “carabineiros” de nuestros Hermanos.
Mas graças à sua essência e local de nascença, habituou-se a mover-se em terrenos movediços passando a ser um verdadeiro contorcionista. Qual ave rara de arribação, volta ao local de nascimento e por obra e graça do B.S., foi eleito gestor de uma empresa recém criada para fazer um palco de eventos, de toda a espécie e até de “chutos na bola”.
Rolam milhões dos bolsos de todos nós e sobram dejectos do asinino.
Mas como é hábito no nosso País assim nasceu mais um gestor público denominado de “Migas“ pelos seus companheiros de escola.
Numa tertúlia de amigos, recordando tempos idos, eis que salta o nome do Migas, e o Bítel com o seu ar de revolucionário perdido diz:
- Como é possível o Migas gestor?! Não há dúvidas que o 25 de Abril, criou e originou que muitos “abortos” subissem na vida à custa do “Zé Pagode” e dos tachos que os mais bem colocados vão arranjando.
O Baz bonacheirão e prazenteiro atalhou:
- Tu querias que o B.S. que por norma escolhe pessoas competentes, metesse num projecto destes alguém que lhe fizesse sombra. Quanto pior melhor. Conhece bem a peça pois foi colega do carteiro.
O Bill compenetrado e amarfanhado no seu ego diz:
- Pois é! Nós falamos e vivemos carregados de ideais, e somos competentes, e quem aparece na TV e jornais é ele com o capacete de mestre-de-obras, sempre ufano ao lado de Ministros e “gajos estrangeiros”, e é ele que ao fim do mês leva as lecas para casa e segundo dizem três mil e quinhentos ou quatro mim euros por mês. Quem diria?! – O Carlitos sempre gozão exclama:
- Só!! E o resto. Se ele ficasse com os euros de vencimento e me desse o restante não me chateava mais. - O Bítel conhecedor do metier vocifera:
- O nojo que ele mandou fazer com materiais de ultra-refugo, dentro de dez anos vão custar na sua manutenção mais uns milhões de euros ao pagode. O palhaço nem se quer se deu ao luxo de ir visitar o “Calhabé” para ver a diferença. - O Baz gozão:
- O Migas é o maior, tornou-se motoqueiro vai a Lisboa de mota tomar café e dar um beijo à Bia, volta de trem e até pensa. Que cromo! Até escreve nos jornais da Terra.
O Rodas ainda abalado e nostálgico dos tempos de M.R. dispara:
- Pois é, eu é que fui corrido pelo B.S. e este artista com tanto disparate tem sido seguro pelo colarinho até que os dois se despenhem. Parece o dono do Palácio, inventa festas que só dão prejuízo e até casórios quer fazer. Diz mal dos futeboleiros e dos contribuintes que lhe pagam para não fazer nada de jeito. O melhor que ele sabe fazer é fiscalizar as cozinhas para ver se os croquetes saem bons. Deve ser um maníaco do croquete.
Todos em uníssono:
- Não pá, é o “Gestor do Croquete”.
Risada geral e o Bill, triste e amargurado, murmura:
- Vamos beber mais um copo. O Migas é tão insignificante que não merece que a gente perca tempo a falar dele. Espero que arranje algum do seu tempo para se lembrar que tem pai e mãe em Pilar. Eles mereciam melhor, mas a gente pode escolher os amigos mas os filhos e familiares impõem-nos.
Emudecidos dirigiram ao “Ali-Toca” e beberam e cavaquearam de tudo e de nada para esquecer a vulgaridade da vida que na juventude não sonhavam que ainda persistisse nesta sua meia-idade.

Trabalho encomendado a Produções Malícias, qualquer semelhança com a realidade é pura especulação ou coincidência.

Mano Nunes

10 comentários:

Anónimo disse...

No próximo Domingo, no Programa "Herman Sic: Lançamento de mais um livro (edição do autor) "fininho", "fininho". A não perder: o programa começa às 10 H.30m, com anões, cavalos amestrados, a mulher barbada e "gajas" nuas!!
Carla Góis.

Anónimo disse...

Desculpem lá, mas o Engenheiro, com muito respeito, não tem veia literária para escrever isto. Assinou quando muito.
Francisco Costa.

Anónimo disse...

Cá pra mim nem assinou. Deu o nome. E uma vez mais não pôs os nomes aos "bois". Recordo que o vereador camarário Domingos Cerqueira, outro dos que se "vendeu" para também se "lambusar" no tacho e na panela da Câmara disse há tempos que o Mano Nunes não tinha tomates para assumir nada relativamente à Câmara e às decisões relativas ao novo e ao antigo estádio. O vereador Cerqueira, pelos vistos, continua a ter razão. O Engenheiro Mano Nunes não tem de facto, tomates para tanto. Será da idade? Será receio de represálias por parte de A. Souto? Uma delas é, seguramente.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Literatura de cordel? Já não se usa! Reciclem-se!
C.de Góis

Anónimo disse...

Francisco, tenho a quarta classe de adultos e com um bocadinho de imaginação talvez conseguisse escrever . Mas como deixei de gastar dinheiro com o Beira Mar estou a encomendar os trabalhos ás
" Produções Malicias" .
Obrigado pela estima
Mano Nunes

Anónimo disse...

Zé Vaz,estou admirado com a sua capacidade de " medir tomates ".Espere e verá ...
Nunca tive receio de ninguem e muito menos de camaleões.
Muito menos medo tive do poder instituido, pois o meu passado assim o diz. Era mais dificil no tempo da " outra senhora", e eu sempre estive na linha da frente.
Aguarde e no tempo oportuno, com a sua capacidade vai avaliar o peso dos meus....

Anónimo disse...

Lá diz o povo pró "mano":
FUGIU-LHE O PÉ P'RA CHINELA.

Anónimo disse...

Senhor engenheiro tenha dó de mim. Com essa virildade toda até me assusta. Ainda bem que sou da Gafanha, logo não tenho muitas hipótese de o ver a não ser, de fugida, nos jogos do nosso beira. É que se não fosse assim, o melhor seria começar umas cuecas de aço, não fosse ser apnhado desprevido por tanta fogosidade made in Mano. Ah! Os tomates não se medem, pesam-se, Tá desculpado.

Anónimo disse...

MANO NUNES...OBRIGADO POR TUDO!
Um grande homem, um grande beiramarense e sobretudo uma pessoa humilde e com os pés bem assentes na terra!

Até breve!

H. Emanuel