11.24.2006

Ventos de S. Roque # 24 - PLANTEL

RACIONALIZAÇÃO DE UM PLANTEL

Começo por confessar, que não sou treinador nem frequentei qualquer formação que me habilite a fundamentar esta opinião. O que quero exprimir resulta do conhecimento empírico resultante de dez anos de relva e balneário.

A constituição dos planteis, uns mais do que outros, resulta de uma influencia exagerada dos treinadores. Sendo os treinadores decisivos na constituição dos planteis, as opções resultam da sua concepção táctica e com uma influencia determinante dos empresários desportivos, sendo ainda mais complexo quando o mesmo empresário representa técnico e jogadores.

Porque é que isto é assim?
Os dirigentes não gostam muito de assumir responsabilidades nesta área. Isto percebe-se; se correr mal, o técnico não tem desculpa, logo as consequências são fáceis.
O treinador seguinte normalmente contesta o plantel que recebe. Claro, não é o dele, e, não é o do empresário dele, não utiliza o sistema do treinador anterior, etc.

Sei que não é fácil, mas os dirigentes têm que assumir as suas responsabilidades na formação da equipa. Os jogadores são os principais activos, logo uma responsabilidade acrescida na sua contratação, os treinadores são apenas um dos factores de produção, mais fácil de alterar e não são um activo.

Um plantel deveria ser constituído por 23 jogadores, 3 guarda-redes e 2 jogadores de campo para cada posição. No limite mais um polivalente, ou seja, no máximo 24.

Quanto aos guarda-redes, um deles deve ser recém-chegado da formação e se possível do próprio clube. No que refere a jogadores de campo e partindo do principio que as equipas jogam com 4 defesas, 3 médios e 3 atacantes, e que defendem quando a bola está com o adversário e atacam quando têm a bola, independentemente da táctica do trapézio, do losango, do circulo, do TM, do M/W, do 3x4x3 etc., o que o plantel deve ter, são dois jogadores para cada posição.

Decisivo para o futuro dos clubes, é os dirigentes assumirem as suas responsabilidades, isto é, contratarem 17 jogadores que maximizem o binómio qualidade/custo em função das disponibilidades financeiras e imporem, repito, imporem aos planteis uma cota mínima 6 jogadores provenientes da formação. Esta regra garante melhor qualidade, menos custo, maior rentabilidade e motiva a formação

Parece mas não é fácil.

A Roque