6.16.2005

Sopros de Arquitecto #1 - A importância do voto

Numa lista ou na outra, em branco ou nulo, o importante é votar!
A pé ou de bicicleta, de carro ou autocarro, o importante é votar!
Decidido ou contrariado, com fé ou incrédulo, o importante é votar!
O clube merece, o clube precisa.
Sócio passivo ou comodista perde o direito a reclamar depois.
É nestas alturas que se vê a vitalidade de uma instituição.
Para isso existem os votos nas listas, quando se concorda com uma delas, bem como o voto em branco, sinal de descordância mas, simultâneamente, de participação activa.
Existe ainda o voto nulo, sem significado especial. A meu ver, evitável.
Mas insisto: votem! É um direito, mas também uma obrigação.

André Apolinário

Ventos de S.Roque #2 - Eleições 2005|2008

Da análise da campanha eleitoral levada a efeito pelas duas candidaturas ainda não consegui retirar uma ideia e muito menos um projecto.

Também na vida das instituições não considero relevante a existência de um projecto, mas é absolutamente necessário a existência de uma estratégia.

Constatei ainda que, sócios com responsabilidades históricas no clube, ou se mantêm ausentes ou dizem mal de tudo e de todos, chego mesmo a colocar em dúvida se quando se vêem ao espelho dizem mal até deles próprios.

O Sport Clube Beira-Mar passa, em minha opinião, por uma crise de crescimento natural em qualquer instituição e resultante de uma má avaliação que a direcção fez na época de 2004/2005 e que tem de servir de exemplo para futuros gestores. É importante aprender com os erros. Não podemos nem devemos fazer disto um drama.

Depois de um ciclo de 10 anos de êxitos relevantes e com uma liderança forte, responsável e carismática verificou-se a despromoção da equipa profissional de futebol. Sendo o futebol profissional a parte mais visível do clube, independentemente do sucesso em todas as outras áreas, a relação entre a direcção e a massa associativa fica afectada e como tal deve assumir as suas responsabilidades e retirar as consequências.

Importa pois projectar um novo ciclo. Este novo ciclo de curto ou médio prazo tem que ser de continuidade, embora, com as alterações necessárias. Este meu contributo visa essencialmente ajudar os futuros gestores do clube.

A estratégia passa agora por dar continuidade ao crescimento do clube de forma sustentável:

1 – O Sport Clube Beira-Mar, embora um clube eclético, tem e deve continuar a ter no futebol a sua modalidade de excelência e em particular no futebol profissional;

2 – A sustentabilidade financeira tem que ser um objectivo a cumprir;

3 – A equipa de futebol profissional tem que ser competitiva, tendo sempre como objectivo a Superliga, mas sem pôr em causa a sustentabilidade financeira;

4 – O projecto de formação implementado no futebol deve ter continuidade, e se possível, ser mais desenvolvido tanto em qualidade como em quantidade. No que se refere à quantidade, o assunto depende das condições logísticas: mais e melhores campos de jogo, centro de formação, etc.; quanto à qualidade é necessário exigir mais aos formadores. Foi na área da formação que os resultados foram mais relevantes. Além de atletas de alta qualidade (Ribeiro, Artur, Bruno Resende, Ladeira, Marcelo no Beira-Mar, Cristóvão no Futebol Clube do Porto, Diogo Valente no Boavista, etc.), novos dirigentes e futuros sócios do clube com capacidade crítica.

5 – As actividades amadoras têm que continuar a ser fortalecidas, já que são pilares fundamentais do clube e fonte de formação de dirigentes e atletas. O futsal tem condições de crescimento, no entanto, o espaço condiciona o crescimento das diferentes modalidades. É importante também aqui o controlo financeiro.
Não me parece possível voltar a existir neste triénio o andebol, embora seja uma das modalidades históricas do clube, por uma razão muito simples, não existe espaço disponível.
No que se refere às piscinas, basta dar continuidade ao modelo de rigor implementado, exigindo responsabilidade aos seus profissionais.

6 – Profissionalismo: O Sport Clube Beira-Mar dispõe actualmente de profissionais competentes em todos os sectores e que tenho a certeza, desenvolvem as suas tarefas com rigor no estreito interesse da instituição. Será um erro considerar nos actos de gestão dos recursos humanos do clube interesses dos dirigentes.

7 – Estádio Municipal Mário Duarte: implementar o protocolo com a EMA em todas as vertentes. Não foi possível à direcção exigir que o mesmo fosse cumprido na plenitude, quer por razões endógenas, quer pela falta de apoio que a direcção teve dos sócios e em especial daqueles que publicamente foram expressando as suas opiniões. Esta é a casa do Sport Clube Beira-Mar e a próxima direcção tem a obrigação de exigir à EMA que assim seja.

8 – Antigo Estádio: O protocolo com a CMA estabelece que o Sport Clube Beira-Mar apenas disponibilize estas instalações quando estiverem disponíveis os seis campos de treino e jogos, bem como o centro de formação. Refira-se que decorre actualmente o concurso publico para a execução destas infraestruturas.

9 – Sede: Continua a ser propriedade do Sport Clube Beira-Mar um espaço de aproximadamente 175 m2 no edifício Avenida e que estava previsto no protocolo permutar com o edifício a construir pela CMA na Praça Melo Freitas e que por razões administrativas ainda não foi possível concretizar. Este espaço, repito, para que não existam dúvidas é um património importante e propriedade do clube.
Considero actualmente que a sede administrativa está bem instalada no novo estádio, deixando assim de ser um problema. Serei crítico, quando qualquer direcção utilize edifícios que são património pessoal para uso do clube. Os dirigentes são transitórios e têm que o entender em todos os actos que praticarem.
É fundamental a criação do museu do clube. Não foi possível, com muita mágoa minha, concretizar este objectivo, mas entendo que é possível com alguma imaginação instalá-lo no novo estádio.

10 – Pavilhão: O Sport Clube Beira-Mar tem necessidade de uma oficina de trabalho para as diferentes modalidades do pavilhão. A solução passa pela construção de uma nave com condições logísticas necessárias essencialmente ao trabalho, a construir na área envolvente ao novo estádio.
Este é um projecto auto-financiável, dependendo apenas da decisão da direcção e da CMA na definição da localização adequada.

11-Parceiros de referencia: É fundamental o desenvolvimento de parcerias adequadas com CMA, EMA e os patrocinadores, salvaguardando sempre os interesses do clube. Uma das parcerias mais importante para o futuro do clube refere-se às condições de cedência do antigo estádio. Esta parceria está protocolada com a CMA.

12-Comunicação Social: Os órgãos dirigentes e em particular a direcção, devem manter uma equidistância ponderada e continuamente avaliada, respeitar e exigir respeito, já que se trata de uma das áreas do desporto onde a regulamentação não existe, a concorrência é exagerada tendo como consequência o tráfico de influências e em certos casos falta de ética.

13-Claque: Continuo a entender que é um dos parceiros fundamentais das direcções. São a alma do espectáculo e massa critica importante. Devem continuar a ser apoiados. Os Ultra Auri-Negros foram durante os últimos cinco anos fundamentais na afirmação do clube.

14-Informação:O Sport Clube Beira Mar tem um dos melhores “Sítios”, deve portanto manter essa qualidade. Deve ainda manter o suplemento em parceria com o Diário de Aveiro. Entendo que seria possível de imediato a criação de uma revista com o objectivo de identificação dos adeptos com o clube da região e servindo ainda como veículo de promoção dos jogos. Entendo ainda ser possível dado o actual panorama de difusão de televisão por cabo e por satélite, embora não tenha dados concretos, implementar um canal de televisão do clube. Este projecto pode e deve ser feito em parceria com a Universidade de Aveiro.

15-Organização do Futebol Nacional: O Sport Clube Beira Mar tem que continuar como agente activo, isto é, participar: propondo, discutindo, avaliando etc. em todos os fóruns. Deve sempre que possível fazer parte dos órgãos sociais executivos da LPFP e ter representantes na AFA

Considero estes os 15 objectivos que se enquadram numa estratégia de crescimento e espero, contribuam para melhorar o desempenho dos diferentes órgãos do meu clube no próximo triénio.


Alberto Roque

Ventos de S.Roque #1 - Período Eleioral -Opinião

Caros Sócios

O Sport Clube Beira-Mar vive um dos períodos importantes do seu historial. O acto eleitoral que se avizinha não está a motivar os associados. Não sei se por culpa dos sócios se dos candidatos. Entendo que tenho o dever de participar e foi nesse sentido que utilizei este espaço de reflexão.
Um espaço que apenas se justifica enquanto o considerar útil para o desenvolvimento do meu clube. Quero apenas contribuir com os conhecimentos que fui acumulando ao longo destes anos.
O Sport Clube Beira-Mar é um clube que representa uma região e assim sendo tem responsabilidades acrescidas pelo que não se justificam questões menores.
Senti necessidade de participar neste momento da vida do clube, se não o fizesse não ficava de bem com a minha consciência.
Eventualmente não estarei a avaliar de forma correcta este período eleitoral, até porque quando deixamos de ter responsabilidades na gestão de qualquer instituição ou empresa existe sempre tendência de não analisar correctamente quem chega. Mas, desculpem-me, ainda não saí e já sinto a falta do “cheiro do balneário”.

Alberto Roque

6.14.2005

Abertura oficial

Está oficialmente aberto o blog da rua do vento. Muitas nortadas, muitas brisas ou rajadas de vento, passarão por aqui, bem pertinho "da" beira-mar.
O blog da massa critica beira-marense.
Bem-vindos os que nela queiram participar.