11.15.2005

Pelo Beira-Mar, Sempre!! (Parte II)


Em devido tempo enunciei vários temas relevantes para as Escolas de Formação de Futebol Juvenil do Sport Clube Beira Mar, que os actuais dirigentes poderiam ter em atenção, e continuar o Plano de Acção para o triénio 2003/2006 melhorado o necessário que consistia em todas as vertentes da vida exigível que o Clube obriga.

Nomeadamente:
*Programação, Organização e Controlo
*Planificação – Definir objectivos, na formação, social, administrativo-financeiro e qualitativos
*Protocolos com Clubes
*Protocolos com Escolas e outras entidades públicas e privadas
*Protocolo com Escola Superior de Desporto de Rio Maior
*Planeamento técnico
*Infra-estruturas
*Recursos humanos
*Escola de futebol
*Posto médico
*Eventos – Festa de Natal e Festa de Encerramento de todas as actividades amadoras
*Torneios – Nacional e Internacional
*Jornadas médicas
*Clube satélite
*Futsal
*Recursos físicos
*Investimento
*Custos
*Região/Divulgação
*Segurança
*História

Assim, deveriam consultar o Plano referido deixado no Clube e melhorá-lo, se necessário, mas nunca fazer tábua rasa do trabalho realizado há anos, que seria concluído na época de 2006.

Para dar uma ideia dos jogos oficiais realizados na época 2004/2005 foram:
Escolas -137
Infantis-95
Iniciados – 83
Juvenis – 80
Juniores – 48
Total de Jogos – 443.

Foi a máquina do Clube em movimento ao serviço dos nossos jovens atletas que consta no relatório de actividades do Departamento de Formação, ao contrário do que alguns diziam não existir os documentos acima referidos.

Deste trabalho em curso saíram talentos nos últimos dois anos, valores de referência, como: Cristóvão, André e Marcelo – FCPorto,
Diogo Valente – Boavista,
Diogo Filipe – Braga,
Bruno Rezende, Ladeira, João Paulo, Mark Vale, Godofredo – Avanca,
Hippy – Gafanha,
Artur, Balde, Fábio, Semedo, Nelson, Pinho, Pires, Magno, entre outros, ao serviço do Beira-Mar.

O investimento estava a dar os seus frutos com todas as equipas praticamente em primeiro lugar nas respectivas classificações.

Também deixámos o cumprimento do nosso programa, com a criação do Futsal e Clube Satélite e louvar os Directores do Pavilhão e Piscinas que souberam dar continuidade aos projectos existentes e melhorar o necessário, no momento próprio.

Foi assim, que planeámos para o desenvolvimento agressivo exigido em tempo útil a alteração do Projecto, junto do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Dr. Alberto Souto a construção de um Centro de Estágio e Formação, com campos relvados e sintéticos “ Academia “ em fase de acabamento no ambicioso sonho que projectamos na vontade e empenho por toda a ex -Direcção, no futuro consciente que o Beira-Mar merece.

Óscar Paulo

11.13.2005

Ventos de S.Roque # 9 - EMA, EM: Um Projecto Esgotado?


A Estádio Municipal de Aveiro, Empresa Municipal foi constituída com um objectivo bem definido, construir em tempo útil todas as infraestruturas necessárias à realização do Euro2004.

A solução adoptada não foi aquela que mais se adequa ao fim a que este equipamento se destina, ou seja, ás necessidades do clube residente e isto porque, o seu lay-out respeitou os requisitos do campeonato da europa deixando para plano secundário a funcionalidade necessária ao clube residente. Ao contrário de todos os outros, excepto o de Braga e Algarve, foram concebidos para os clubes residentes e adaptados para os dois ou três jogos do Euro2004. Independentemente desta opinião pessoal, a EMA cumpriu um dos seus objectivos: garantir as condições para a realização desse evento que a todos nos orgulhou.

A EMA tinha ainda outros dois grandes objectivos protocolados com o Sport Clube Beira Mar:
1-Concluir o centro de formação.
2-Construir os campos de treino e equipamentos de apoio(balneários) nos terrenos adjacentes ao estádio.
Estes objectivos complementares enquadram-se naquilo que entendo ser estratégico para o clube, ou seja, disponibilidade dos equipamentos necessários à prática desportiva e racionalização de meios. Esta solução tem ainda a vantagem de dinamizar uma nova centralidade urbana e a rentabilização de outras valências no estádio. Ao contrário de opiniões recentes sobre a vantagem de um centro de treinos num local diferente, tal como tem o Sporting, Porto, Benfica etc.., acho que a solução que preconizo é muito mais adequada, aliás, os clubes que têm essas infraestruturas distantes dos seus estádios só não as fizeram na área adjacente por falta de espaço, o que não se passa neste caso, o espaço existe, existe o projecto e o compromisso. Esta seria uma solução impar para um clube com formação e futebol profissional.
O projecto financeiro para assegurar os custos resultantes da construção deste centro de treinos passa pela libertação dos terrenos do antigo estádio e campo de treinos, solução prevista no protocolo estabelecido com a CMA.
Justifica-se a EMA,EM pela necessidade de concluir os objectivos previamente definidos.
A EMA,EM assumiu entretanto outra actividade: a gestão desta infraestrutura. O objectivo era amortizar o investimento com os resultados de exploração. Estabeleceu um contrato com o Beira Mar em que este lhe vende o espectáculo desportivo e a EMA tem como receita a venda de determinados lugares(camarotes, tribunas) e explora as diferentes áreas comerciais e publicidade. Refira-se que este contrato foi elaborado com base no modelo económico definido pela EMA. Ora, o que pode verificar através da análise ao relatório de gestão relativo ao exercício de 2004 e mesmo com o Beira Mar na liga principal, os resultados sem as receitas extraordinárias do Euro2004 são negativos. Uma das razões é a que a marca BeiraMar tem dificuldade em vender mas a marca EMA pouco ou nada vende.
Se a EMA tinha um problema, pagar o investimento, fica agora com outro, o déficite na exploração.
A EMA,EM não se justifica. A CMA deve assumir a dívida e protocolar com o Sport Clube Beira Mar as condições de cedência destas infraestruturas. Mesmo que a CMA tenha que suportar alguns custos de manutenção, pode poupar cerca de 50% do valor que actualmente lhe custa.
A CMA e ou EMA não estão vocacionadas para a gestão de equipamentos desportivos. Devem financiar esses equipamentos e estabelecer contratos-programa com regras claras com as respectivas associações ou clubes para a sua utilização. Acresce ainda a duplicação dos custos com os recursos humanos e a dificuldade de convivência de duas entidades no mesmo espaço fisico
As conclusões:
1-A EMA,EM justifica-se apenas até à conclusão do centro de formação e treino.
2-O centro de formação e treino deve ficar junto ao estádio.

Aveiro, 11 de Novembro de 2005-11-11
A. Roque